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29 de julho de 2022
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O Blog da Brasil Benefícios
A Brasil Benefícios esteve na conferência Health 2.0 Latin America, que aconteceu nos dias 29 e 30 de setembro de 2015 em São Paulo, no Centro de Convenções Rebouças, junto ao Hospital das Clínicas da USP. A conferência é parte de uma rede mundial de conferências sobre inovação em saúde (a principal é no Vale do Silício) e aconteceu junto com o Hospital Innovation Show, promovido pela Live Healthcare Media.
Um dos temas principais da conferência foi o assunto Saúde Populacional (ou “Population Health”, que é o termo em inglês), e um painel interessantíssimo juntou representantes de Abbott Diagnostics, Accenture, Cerner, Cisco, GE Healthcare Solutions e Healthways. Pela diversidade de opiniões, já é possível perceber que o tema “Saúde Populacional” é novo, e as disciplinas e doutrinas sobre o assunto ainda estão em sua infância. Em linhas gerais, podemos definir Saúde Populacional como o conjunto de ações e políticas que têm como objetivo endereçar as questões de saúde de uma determinada população, que pode ser um país inteiro, um estado, um município ou, num exemplo mais relacionado às empresas e às áreas de recursos humanos e benefícios empresariais, ao conjunto de empregados de uma empresa ou grupo empresarial e seus dependentes.
Um tema muito relavante abordado pela Saúde Populacional é o equilíbrio entre resultados médicos (ou “medical outcomes”, no termo em inglês) nas ações de saúde e o custo dessas ações. Como já abordei em nosso blog, o sistema de saúde suplementar brasileiro, por sua natureza regulatória, incentiva todo o sistema de saúde a realizar o máximo de procedimentos possível, o que pode se traduzir, com boa vontade, à frase “resultado médico positivo a qualquer custo”. O desafio da saúde populacional é equilibrar os melhores resultados médicos com custos controlados, tema que interessa a qualquer gestor de benefícios que responde pelo custo e pela sinistralidade de plano de saúde empresarial.
Duas visões contrastantes apareceram entre os painelistas, de forma bem clara:
Um ponto que foi consenso entre os painelistas é que o sistema atual, que cuida da doença, e não da saúde da população, não é sustentável no médio prazo. Modelos de negócio de empresas, corretoras de seguros, consultorias de benefícios, seguradoras e operadoras de planos de saúde, hospitais, clínicas e médicos vão precisar se adaptar a uma longa e difícil transição, e novos negócios certamente vão surgir, aproveitando essa nova onda de abordagem à Saúde Populacional.
Como fechamento, o representante da Accenture deu uma dica interessante: o sistema de cuidado à saúde atual, que está construído para cuidar da doença, e não da saúde (e médicos e enfermeiros foram treinados especificamente para isso, e possuem naturalmente esse modelo mental), deixa de ter acesso a um mercado multibilionário, que vai desde a nutrição (toda a indústria alimentícia é parte dessa cadeia de valor) até atividades físicas e orientação à saúde (o conceito do “health coach”, que vem ganhando importância tanto entre indivíduos como para empresas).
Muitas ideias interessantes, algumas com aplicabilidade no médio prazo (alguns anos), mas muitas que já podem ser aplicadas no dia-a-dia das empresas e de suas consultorias de benefícios (e já estão por aquelas que já estão compartilhando a ansiedade de seus clientes ao enfrentar reajustes técnicos por sinistralidade superando 30 ou até 40% ao ano).
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