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29 de julho de 2022
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O Blog da Brasil Benefícios
(Publicado originalmente em The Economist, 26/maio/2012. Veja o original aqui)
As regras do Happy Hour são enganosamente simples. Você é um barman. Seu desafio é dizer que tipo de bebida cada pessoa numa multidão de clientes quer, pela expressão em seus rostos. Daí, você deve preparar e servir cada bebida e lavar todos os copos usados, tudo dentro de um tempo limitado. Jogue este video game bem e você pode ganhar um prêmio espetacular: um emprego na vida real.
“Happy Hour”, que foi revelado ao público em 28 de maio, é um de vários jogos desenvolvidos pela firma Knack, fundada por Guy Halfteck, um empreendedor israelense. Os jogos incluem uma versão de “Happy Hour” em que as bebidas alcóolicas são substituídas por sushi, “Words of Wisdom” (palavras de sabedoria, um jogo de palavras) e “Balloon Brigade” (brigada de balões, que envolve apagar incêndios com balões e água). Eles foram criados para testar as capacidades cognitivas que empregadores podem buscar em seus empregados, apoiando-se nas pesquisas científicas mais atuais. Essas capacidades vão desde a capacidade de reconhecer padrões até inteligência emocional, apetite para riscos e adaptabilidade a ambientes em mutação.
Um piloto atualmente em curso com alunos na Universidade Yale combina os resultados dos jogos com notas acadêmicas. Simples 10 minutos de jogo podem render dados suficientes para prever o desempenho dos estudantes, segundo o Sr. Halfteck.
Knack combina três tendências da moda: jogos, o uso de quantidades massivas de dados e a aplicação de observações científicas comportamentais. De acordo com Chris Chabris, do Centro para Inteligência Coletiva do MIT (Massachusetts Institute of Technology), um membro da equipe da Knack, jogos apresentam grandes vantagens sobre ferramentas de recrutamento tradicionais, como testes de personalidade, que podem ser facilmente manipulados por um candidato astuto. Segundo ele, jogos permitem testar muito mais fatores de forma mais rápida, e o desempenho não pode ser falsificado nos jogos Knack. Os dois maiores desafios, segundo ele, é garantir que os jogos são divertidos e convencer recrutadores, que tipicamente não se esforçam tanto para medir capacidade cognitiva, a prestar atenção a esses novos dados.
Algumas firmas parecem enxergar o potencial. A unidade “GameChanger” da Shell, que busca novas tecnologias inovadoras para o gigante do petróleo, está prestes a testar se a Knack consegue identificar pessoas inovadoras. Bain & Company, a firma de consultoria, vai conduzir um piloto: vai começar colocando funcionários existentes para jogar os jogos, para verificar quais competências definem um consultor bem sucedido. (A capacidade de cobrar caro por dizer o óbvio presumidamente não é uma delas.) “Se alguém pode melhorar significativamente nossa capacidade de selecionar os melhores talentos, isso tem muito valor para nós”, diz Mark Howorth, um recrutador na Bain. Senão, pelo menos o processo será divertido.
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