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29 de julho de 2022
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A hipertensão arterial é uma doença sistêmica provocada basicamente pelo enrijecimento das artérias, levando a um estreitamento das paredes dessas artérias. Esse estreitamento pode ser causado por fatores genéticos, raciais, sedentarismo, consumo abusivo de sal de cozinha, tabagismo, sobrepeso/obesidade, stress, diabetes mellitus, ingestão de bebidas alcoólicas e medicamentos como anti-inflamatórios, corticoides, descongestionantes nasais, antidepressivos e anticoncepcionais.
Trata-se de uma doença que pode ser silenciosa (sem sintomas) que quando não tratada poderá levar a doenças cardíacas, renais, oculares e cerebrais. O limite máximo da pressão arterial em repouso é de 13,5 x 8,5. Acima desses valores o indivíduo é considerado hipertenso, segundo Dr. Humberto João Rigon Júnior, Chefe do Departamento de Clínica Médica e Cardiologia do A.C.Camargo Cancer Center.
Consequências
Hipertensão pode provocar angina (dor no peito causada pela falta de oxigênio no coração), infarto do miocárdio (necrose do músculo cardíaco) ou acidente vascular cerebral (AVC), com paralisia parcial do corpo ou morte. Pode também afetar o sistema nervoso, levando à cegueira ou causar lesões renais graves.
Sintomas
Dor de cabeça ou dor torácica, alteração visual (com visão de pontos brilhantes), dificuldade para respirar e vertigem podem ser um dos sintomas de hipertensão. Para confirmar, é preciso medir a pressão arterial nesses momentos e, posteriormente, em intervalos regulares. Mas como algumas pessoas não apresentam sinais evidentes, é recomendável que todos meçam a pressão arterial de tempos em tempos.
Dr. Rigon lembra que há pessoas que ficam nervosas por acontecimentos cotidianos e isso pode alterar a pressão, e quando chegam a um hospital ou consultório médico, podem apresentar um falso sinal de hipertensão. Para esses casos existe a monitoração ambulatorial de pressão arterial (MAPA), que consiste em um dispositivo acoplado ao braço da pessoa 24 horas por dia, enquanto ela faz suas atividades diárias, e gera um gráfico a cada 10 minutos, facilitando o diagnóstico.
Os perigos do sal
A dieta habitual dos brasileiros contém em média mais de 12 gramas de sal por dia. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão máxima de 5 gramas por dia para quem não é hipertenso. Já os portadores de hipertensão arterial devem reduzir a ingestão para 2,5 gramas de sal por dia. Isso equivale a uma colher das de café rasa de sal por refeição, evitando o consumo de alimentos industrializados como embutidos, enlatados, refrigerantes e sucos de caixinha.
Fonte: Dr. Humberto João Rigon Júnior. Chefe do Departamento de Clínica Médica e Cardiologia do A.C.Camargo Cancer Center. CRM 33925.
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