Reajuste Médio dos Planos de Saúde Empresariais em 2015: 16,24%

Segundo levantamento da consultoria de benefícios Aon Hewitt, divulgado no jornal
Valor Econômico ontem (27 de agosto de 2015), o reajuste dos planos de saúde empresariais (modalidade responsável por 65% do mercado de saúde suplementar no Brasil) chegou, em 2015, a um valor médio de 16,24%.
Este valor se refere unicamente à variação dos custos médico hospitalares (o índice VCMH, também conhecido como “inflação médica”). Caso a utilização do plano (sinistralidade) supere o valor do ponto de equilíbrio contratual (o chamado “breakeven”), o reajuste por inflação médica (também chamado “reajuste da moeda”) se somará ao reajuste técnico (por sinistralidade) — saiba mais sobre os cálculos de reajuste dos planos de saúde empresariais baixando nosso eBook
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O reajuste de 16,24% – conhecido no setor como inflação médica – está num patamar muito próximo aos 17% registrado no ano passado. Não houve uma variação tão expressiva porque entre 2014 e 2015 não houve a inclusão de novos procedimentos médicos obrigatórios nos planos de saúde como aconteceu no ano passado, explicou Rafaella Matioli, diretora técnica da área de saúde da Aon Hewitt.
O momento econômico atual, e a queda de quase 200 mil usuários nos planos de saúde no primeiro semestre de 2015, estão levando as operadoras (seguradoras de saúde, medicinas de grupo, cooperativas médicas) a atuar com mais flexibilidade. No cenário anterior, de crescimento econômico, as operadoras de saúde estavam focando em preservar sua margem, aumentando preços e até cancelando contratos menos lucrativos. Atualmente, existe um maior equilíbrio entre margem e crescimento (ou manutenção da carteira de clientes).
Como a inflação médica já é historicamente vários pontos percentuais superior à inflação de preços ao consumidor em geral, um reajuste técnico por sinistralidade pode inviabilizar a continuidade do benefício, obrigando o empregador a explorar alternativas mais econômicas, reduzindo o nível de atendimento e conforto dos beneficiários (o chamado “downgrade” do plano de saúde). Para evitar o reajuste por sinistralidade, as empresas têm adotado práticas de conscientização dos funcionários para o uso consciente do plano (reforçado “no bolso” do funcionário por políticas de coparticipação, chamado também de “fator moderador”, no plano de saúde) e de gestão de saúde e qualidade de vida. Cerca de 66% das empresas já adotam a coparticipação em seus planos de saúde, mas uma minoria adota e dá continuidade a programas de qualidade de vida e gestão de saúde, que geram retorno em prazo mais longo.