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29 de julho de 2022
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Nunca vale a pena começar a fumar, mas sempre vale a pena parar
A dependência do tabaco pode começar com apenas um cigarrinho na hora do café. Ocorre que essa atitude aparentemente inofensiva para quem experimenta pela primeira vez o cigarro ou qualquer outra forma de consumo de tabaco pode se transformar em vício com sérias consequências para a saúde. Portanto, sempre vale refletir sobre as consequências desse hábito, principal fator de risco para o câncer de pulmão. E não para por aí: o tabaco também aumenta o risco para o desenvolvimento de outras doenças oncológicas (cavidade bucal, laringe, faringe, mama, estômago, esôfago e bexiga) e de doenças cardiovasculares.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pulmão, entre todas as doenças oncológicas, é o segundo tipo mais comum entre homens e a principal causa de morte por câncer em pacientes do sexo masculino. Entre as mulheres, esse tipo de tumor é o quarto mais frequente e o segundo que mais mata, superado apenas pelo câncer de mama. Deverão ocorrer no Brasil, neste ano, 16.400 novos casos da doença entre homens e 10.930 entre mulheres.
Segundo Dr. Jefferson Luiz Gross, Diretor do Núcleo de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo Cancer Center, fumantes e ex-fumantes são pessoas com alto risco para câncer de pulmão. “Cerca de 80% dos pacientes tratados de câncer de pulmão no A.C.Camargo nos últimos 20 anos são fumantes. A causa da doença nesses pacientes está diretamente ligada à prática do tabagismo”, afirma. Ele informa que os malefícios do tabaco também atingem os chamados fumantes passivos, pessoas que não fumam, mas são constantemente expostas à fumaça do cigarro. De acordo com estudos, fumantes passivos têm 30% mais chances de desenvolver câncer de pulmão comparado a quem não foi exposto a fumaça do colega fumante.
Busque ajuda
Todas as formas de consumo de tabaco são prejudiciais à saúde – charuto, cachimbo, cigarro, narguilé (cachimbo oriental geralmente utilizado em grupo) etc. Para se ter uma ideia, uma sessão de 60 minutos de narguilé equivale ao consumo de cem cigarros. A prática, além de levar para o organismo as 4,7 mil substâncias tóxicas presentes no cigarro comum, ainda carrega alta concentração de nicotina, monóxido de carbono, metais pesados e uma infinidade de substâncias cancerígenas.
Em geral, o fumante sempre acha que pode parar facilmente quando quiser. No entanto, isso não é verdade. Quem fuma é um dependente químico da nicotina (uma das substâncias presentes no cigarro), como qualquer outro consumidor de drogas. Por essa razão, Dr. Jefferson recomenda a quem decide parar de fumar buscar ajuda médica para tratar a dependência. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que menos de 5% dos fumantes conseguem abandonar o vício sem ajuda. O tratamento do tabagista é individualizado, de acordo com seu grau de dependência. Entre os recursos utilizados estão medicamentos e adesivos de nicotina, que ajudam o fumante a diminuir aos poucos a dependência da substância. Também há casos em que é indicada a intervenção de psiquiatra ou psicólogo para tratamento comportamental.
Cigarro Eletrônico
Há fumantes que recorrem ao cigarro eletrônico em suas tentativas de abandonar o vício. Segundo Dr. Jefferson, o cigarro eletrônico é novo no Brasil e mesmo nos Estados Unidos, onde existe há mais tempo, não foi regulamentado pelo FDA (agência do governo norte-americano responsável pela fiscalização dos remédios e alimentos consumidos no país). Dessa forma, não se sabe quais as substâncias que estão no cigarro eletrônico e não há como recomendá-lo como recurso que ajude a parar de fumar.
Diagnóstico precoce de câncer de pulmão
Tabagistas e ex-tabagistas devem ficar ainda mais atentos ao diagnóstico precoce de câncer de pulmão. Como a maioria das doenças oncológicas, o câncer de pulmão em sua fase inicial é silencioso, dificultando o diagnóstico precoce que contribui para reduzir em até 20% a mortalidade. Na opinião de Dr. Jefferson, o exame de rastreamento mais recomendado é a tomografia de baixa taxa de dose de radiação. “Além de emitir quatro vezes menos radiação, esse exame permite visualizar o tumor em fase inicial, antes mesmo de provocar sintomas. A maioria dos médicos nos Estados Unidos e muitos aqui no Brasil já têm recomendado como rotina anual a realização da tomografia de baixa taxa de dose de radiação a pacientes com alto grau de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão”, diz. De acordo com o especialista, o grupo de risco é formado por pessoas com idade entre 55 e 74 anos, fumantes ou que pararam de fumar há menos de 15 anos, e, independentemente da idade, os que fumam mais de 30 maços de cigarro por ano.
Para mais informações, acesse o site www.accamargo.org.br
Fonte: Dr. Jefferson Luiz Gross, Diretor do Núcleo de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo Cancer Center, CRM 68.099.
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