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29 de julho de 2022
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O endométrio é uma mucosa que reveste a parte interna do útero. Toda vez que a mulher menstrua, o endométrio se descola e é expelido pela vagina. Nesse processo, pode acontecer de partes dessa mucosa se implantar em outras regiões do abdômen, por meio das tubas uterinas. Mas quando isso acontece, o sistema imunológico combate essa formação para que o endométrio se mantenha apenas dentro do útero. A endometriose ocorre quando o sistema imunológico falha e o endométrio consegue se implantar em regiões como ovários ou peritônio, explica Dr. Levon Badiglian Filho, titular do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center.
Da menarca até a menopausa
O risco de endometriose existe a cada menstruação, portanto, é uma doença que pode atingir mulheres de qualquer idade, a partir da menarca (primeira menstruação) até a menopausa. Outro fator de risco de endometriose está ligado à vida moderna, em que a mulher opta por engravidar mais tarde e tem menor número de filhos, aumentando o número de vezes que menstrua ao longo do período fértil. “Quanto mais a mulher menstrua, maior o risco de endometriose. Quando entra na menopausa, com a diminuição da produção do estrogênio, a cura acontece naturalmente”, afirma Dr. Levon.
Sintomas
Mas nem sempre é possível aguardar a menopausa para se livrar da endometriose. Além de sintomas como dor pélvica intensa durante a menstruação, que pode ser confundida com a cólica menstrual e dor nas relações sexuais ou ao evacuar, a endometriose, dependendo de sua localização, pode levar a infertilidade da mulher. “A intensidade dos sintomas varia e não está ligada, necessariamente, à gravidade da doença. Há mulheres com muita endometriose e poucos sintomas e o contrário também acontece”, ressalta Dr. Levon.
Portanto, é importante que na presença de qualquer um desses sintomas, mesmo que de forma leve, seja realizada a investigação pelo ginecologista. O diagnóstico é feito por meio de exame clínico, auxiliado por recursos de imagem, como a ressonância e o ultrassom. “Dependendo da localização da doença, esses exames podem ajudar o ginecologista a identificar qual é a extensão da endometriose”, informa o especialista. No entanto, a confirmação apenas é possível por intermédio de biópsia por laparoscopia ou cirurgia aberta, procedimentos cuja necessidade é avaliada pelo médico.
Como tratar
Segundo Dr. Levon, a primeira opção de tratamento para endometriose é clínica, com a utilização de medicamentos contraceptivos ou anti-inflamatórios, dependendo do caso. “A cirurgia é uma opção se a paciente não responder bem à terapia medicamentosa”, diz.
De acordo com ele, a endometriose deve ser avaliada e tratada de forma personalizada, levando em consideração as características da paciente, entre elas a extensão da doença, idade, desejo ou não de engravidar e proximidade da menopausa. Por exemplo, em uma paciente jovem que nunca engravidou e que precisa de cirurgia, o procedimento pode ser feito preservando a fertilidade, com retirada apenas dos implantes do endométrio. Já no caso de uma paciente com idade superior a 45 anos, que não deseja engravidar, pode ser considerada a opção de ressecamento de útero e ovários. Dr. Levon alerta que a endometriose está entre os fatores de risco para o câncer de ovário, um tipo de doença neoplásica de difícil diagnóstico, e o ginecologista também deve levar isso em conta ao apresentar as opções de tratamento a sua paciente.
Para mais informações, acesse o site www.accamargo.org.br
Fonte: Dr. Levon Badiglian Filho, titular do Departamento de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo Cancer Center, CRM 94.536.
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