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A incidência desse tipo de doença oncológica, mais comum entre as mulheres, tem aumentado
A tireoide é a glândula responsável pela produção dos hormônios que controlam a velocidade do metabolismo, influenciam o desenvolvimento do corpo e a atividade do sistema nervoso. Ela é constituída por vários tipos de células que podem originar diferentes tipos de doença, entre elas, o câncer. No Núcleo de Cabeça e Pescoço do A.C.Camargo Cancer Center, cerca de 40% dos casos que são operados correspondem a tumores da tireoide.
Segundo Dr. Luiz Paulo Kowalski, Diretor do Departamento, a incidência desse tipo de câncer, que predomina nas mulheres em relação aos homens, tem aumentado. De fato, a mais recente estatística divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) no final do ano passado, revela que em 2014, no Brasil, deverão ser diagnosticados 1.150 novos casos de câncer de tireoide entre o público masculino e 8.050 entre o feminino, com um risco estimado de 1,15 casos a cada 100 mil homens e 7,91 casos a cada 100 mil mulheres.
Sobre o aumento da incidência da doença, Dr. Kowalski comenta: “No começo acreditávamos que o aumento no volume de casos estava ligado à evolução dos recursos diagnósticos, principalmente, os de imagem que nos permitem detectar nódulos muito pequenos. No entanto, com o passar do tempo foi possível perceber que a quantidade de pessoas que desenvolvem a doença tem crescido e as pesquisas ainda não conseguiram determinar por que isso tem acontecido”.
Tipos de Tumores
Os tipos mais comuns de câncer de tireoide são o carcinoma papilífero (80% dos casos) e o carcinoma folicular. O primeiro é caracterizado pelo crescimento lento e pode atingir os gânglios linfáticos da tireoide. Apesar disso, o tratamento costuma ser bem-sucedido. O carcinoma folicular, por sua vez, pode se espalhar para os pulmões e ossos e apresenta prognóstico levemente pior, mas, além de estar se tornando cada vez mais raro, também responde positivamente ao tratamento. “Os avanços da medicina vêm contribuindo para reduzir a mortalidade por conta da doença, principalmente em relação a esses tumores. A taxa de sobrevida 10 anos após o diagnóstico precoce chega a ultrapassar os 90%”, diz Dr. Kowalski.
Mais raros e também mais agressivos são o carcinoma medular e o anaplásico. O carcinoma medular, na maioria das vezes, tem origem em herança genética. É um tumor que, comumente, evolui para metástase em gânglios ou a distancia, atingindo outros órgãos e exige tratamento cirúrgico mais radical. O carcinoma anaplásico, por sua vez, é um tumor extremamente grave, de evolução muito rápida. Acontece geralmente em pessoas idosas. Quase nunca é possível operar e os pacientes são tratados com radioterapia e quimioterapia.
Fatores de Risco
Entre os principais fatores de risco identificados para o câncer de tireoide está a exposição à radiação. Crianças em tratamento de câncer na região da cabeça e pescoço ou submetidas à radioterapia para tratamento de linfoma de Hodgkin têm o risco aumentado. Em regiões em que ocorreram acidentes nucleares, como na Ucrânia, onde houve o vazamento da usina de Chernobyl, na década de 1980, também houve maior incidência de crianças e adultos com câncer de tireoide. Outro fator de risco são as doenças hereditárias. Pessoas portadoras de doenças como síndrome de Gardner, popilose familial e doença de Cowden, têm mais chance de desenvolver o câncer de tireoide. Há ainda o fator idade. Além de ser mais incidente entre as mulheres, o câncer de tireoide é mais comum entre pessoas com idade entre 30 a 50 anos.
O Tratamento é Individualizado
O aparecimento de nódulos palpáveis na região inferior do pescoço pode ser sinal de tumor na tireoide. No entanto, a maioria dos nódulos é benigna. “A probabilidade de um nódulo detectado na tireoide ser câncer é de apenas 5%, ou seja, um a cada 20”. A verificação para saber se é um tumor benigno ou maligno pode ser feita por meio de ultrassom. Esse exame é indicado para pessoas que apresentam nódulos ou que têm histórico familiar de câncer.
Uma vez identificado o tumor, o tratamento varia conforme o caso. A necessidade do procedimento cirúrgico, porém, será definida a partir do exame de punção. E mesmo nos casos em que o paciente é submetido a cirurgia, o médico pode optar pela retirada total ou parcial da tireoide, conforme o tipo de tumor e a área afetada pela doença.
Fonte: Dr. Luiz Paulo Kowalski, Diretor do Núcleo de Cabeça e Pescoço do A.C.Camargo Cancer Center, CRM 36.404.
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